Usando campos electroestáticos para fazer levitar o material, os cientistas conseguiram produzir um vidro puro, livre de quaisquer contaminantes que normalmente se libertam das paredes dos recipientes quando se produz o vidro. Este pode por isso ser utilizado para fins que carecem de materiais de grande qualidade, como por exemplo a produção de lasers para fins médicos e industriais; pode ainda ser utilizado nos equipamentos ópticos para o desenvolvimento da internet de banda larga.
O novo material, chamado vidro REAL (abreviatura de Rare Earth Aluminum oxide) foi produzido pela primeira vez no Electrostatic Levitator (ESL) da NASA no Marshall Space Flight Center em Hunstville, no Alabama.
Os cientistas deste Centro utilizam como ensaios de rotina experiências em que os materiais submetidos a campos electrostáticos desafiam a gravidade dentro de câmaras de vácuo e que são liquefeitos usando lasers e seguidamente arrefecidos sem a interferência de quaisquer contentores.
O vidro REAL é constituído por Óxido de Alumínio, raro na Terra, e por pequenas quantidades de dióxido de silício livre de quaisquer outros contaminantes, o que mostra mais uma vez a importância que a indústria espacial virá a ter no futuro.